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22 - 23 ABR 2026 | DISTRITO ANHEMBI - SP

São Paulo - Brasil

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Releases e notas oficiais da última edição do

Energy Solutions Show, realizada em 2024:

Primeiro evento voltado para o consumidor de energia, Energy Solutions Show 2024 (ESS 2024) reúne empresas e especialistas para discutir estratégias para negócios mais sustentáveis e eficientes.

No Brasil, a cada dia, 66 empresas migram para o mercado livre; geração própria atinge capacidade instalada de duas usinas de Itaipu.

São Paulo, 22 de outubro de 2024 - O futuro do consumo de energia no Brasil para empresas de diferentes portes passa por transformações guiadas pelo cenário das mudanças climáticas e o progressivo processo de digitalização e abertura do mercado livre de energia. A previsão é de que o consumo de energia contratada pelas próprias empresas diretamente de fornecedores de energia alcance 50% do total da energia consumida no País até 2028, o que passa a exigir adoção de soluções tecnológicas capazes de aumentar a competitividade e a economia da conta de energia..  

É essa transformação nas formas de produção, de comercialização e de consumo de energia que está no centro do Energy Solutions Show 2024 (ESS 2024), o primeiro evento no Brasil com foco nos consumidores de energia. O evento vai reunir, entre os dias 22 e 23 de outubro, em São Paulo, indústrias e empresas do grupo A (alta e média tensão) a investidores, gestores públicos, especialistas e agentes do setor de energia com objetivo dar visibilidade à boas práticas e oportunizar conexões.  

“O consumidor vai estar no centro das discussões a partir de uma jornada de conhecimento que traz conteúdos e soluções de energia, em produtos e serviços, para os grandes e os médios consumidores industriais e comerciais do Brasil”, afirma Hermano Pinto, diretor do portfólio de energia, infraestrutura e tecnologia na Informa Markets Latam. “Nosso objetivo é apresentar as mudanças em curso e, principalmente, como as empresas podem estar inseridas neste novo ambiente, que é de muitas oportunidades”, completa. O evento vai apresentar painéis e debates sobre experiências em andamento e seus resultados, soluções disponíveis, além de conteúdos introdutórios para executivos que buscam entender melhor sobre o sistema eletroenergético.   

A cada dia, 66 consumidores migram para o mercado livre Desde janeiro deste ano, os consumidores com contas de luz acima de R$ 10 mil podem escolher seu fornecedor de energia e o tipo de fonte, além de negociar preço e prazo de contratação no chamado mercado livre. Em 2024, para se ter ideia, 66 empresas migraram, a cada dia, para este ambiente de comercialização.  

Até agosto deste ano, 16 mil novos consumidores optaram pelo mercado livre, onde o preço da energia é mais barato que no ambiente regulado. Este número já supera em duas vezes os resultados do ano passado inteiro.  

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), 72,6% dos novos entrantes no ambiente livre são pequenas e médias empresas, como padarias, supermercados, farmácias e escritórios. A região Sudeste lidera o ranking migrações, seguida pelo Sul e pelo Nordeste..  

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 31 mil unidades consumidoras devem realizar essa migração até 2025. Desse total, 95% são empresas de menor porte, com demanda menor de 500 kW..  

Pelas contas da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), desde que foi criado, o mercado livre já propiciou uma economia de cerca de R$ 362 bilhões ao consumidor.  

Outra tendência em curso é o aumento no número de consumidores que se tornaram também geradores de energia. Em 2024, o Brasil atingiu 30GW de capacidade instalada em geração própria de energia, a chamada Geração Distribuída (GD), atendendo 3,8 milhões de unidades consumidores. Esse montante de energia – proveniente de usinas fotovoltaicas – equivale a pouco mais que o dobro da usina de Itaipu (14GW).  

Para Hermano Pinto, no cenário atual, a energia deixou de ser apenas um insumo para ser uma aliada das empresas na construção de um negócio mais lucrativo, eficiente e responsável..  

Temas em evidência A programação do ESS 2024 foi construída a partir de três pilares - custo, eficiência e sustentabilidade -, e estruturada para atender cada tipo e tamanho de empresa, os consumidores de alta e média tensão. "Para os de média tensão, a ideia é apresentar, de forma simples, os conceitos e soluções mais eficientes e sustentáveis. Para os de alta tensão, vamos oferecer conteúdos que avancem nessa agenda, como financiamento, cogeração e mercado de carbono”, explica Junior.  

Na programação, estão temas como modelos de contratação de energia, acesso ao mercado livre, eficiência energética, cases de eletrificação, autoprodução, mercado de carbono, energia eólica, armazenamento e o potencial da bioenergia e do hidrogênio e a abertura do mercado de gás natural.  

Energy Solutions Show  
22 e 23 de outubro, no São Paulo Expo  

Debates do segundo dia do Energy Solutions Show 2024 destacaram experiências em descarbonização e as soluções para gestão de energia no mercado livre

 

São Paulo, 24 de outubro de 2024 - A edição 2024 do Energy Solutions Show (ESS), que ocorreu entre 22 e 23 de outubro, no São Paulo Expo, na capital paulista, trouxe uma série de discussões que traçam o futuro do consumo de energia elétrica no Brasil e no mundo. No dia de encerramento, entre os destaques estiveram palestras sobre estratégias de uso do hidrogênio verde na produção de fertilizantes, desafios para financiar investimentos no setor e oportunidades do mercado livre de energia. Especialistas e agentes do setor apontaram para o potencial transformador das novas tecnologias, com foco na sustentabilidade e na descarbonização da economia.  

Durante o painel sobre o tema *Fertilizantes e o Hidrogênio Verde - Combinação de Sucesso para o Avanço da Indústria*, Fernanda Delgado, Diretora Executiva da ABIHV (Associação Brasileira da Industria de Hidrogênio Verde), destacou o potencial do Brasil para produzir hidrogênio, combustível que pode ser uma solução crucial para a descarbonização da indústria. Um dos seus usos é como insumo na produção de fertilizantes. Hoje, o Brasil importa quase 90% de todo fertilizante que utiliza.  

Carlos Figueiredo, Diretor de Estratégia da Yara Industrial, apresentou o histórico de sua empresa na redução de emissões e os planos para atingir a neutralidade de carbono até 2050. Também ressaltou a importância de uma transformação da matriz energética de forma ponderada, enfatizando que "não há transição verde com os números no vermelho". Ou seja, os custos dessa mudança precisam ser balanceados. Figueiredo destacou ainda que o Brasil tem um cenário competitivo para o desenvolvimento local de fertilizantes, mas precisa de isonomia tributária e de incentivos econômicos para viabilizar a produção interna com o uso de biometano e de hidrogênio.  

Fábio Saldanha, Diretor de Hidrogênio da ABRAPCH (Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas), reforçou a visão de que as hidrelétricas, responsáveis pela maior parte da matriz elétrica brasileira, enfrentam desafios para viabilizar novos empreendimentos. Segundo ele, o hidrogênio, junto com os fertilizantes nitrogenados, representa uma alternativa promissora, especialmente após o impacto global causado pela guerra na Ucrânia. Ele defendeu a produção desses insumos mais próxima dos centros de consumo, otimizando a logística e os custos.  

Outro destaque foi Jacyr Costa Filho, Presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias de São Paulo (COSAG/FIESP), que trouxe um panorama do setor agropecuário. Costa Filho explicou que a remuneração pela descarbonização, especialmente no uso de fertilizantes à base de hidrogênio, deve ocorrer de maneira diferenciada, dependendo dos mercados de destino das commodities. Ele apontou que a Europa, em breve, deve remunerar as exportações agrícolas que adotarem práticas mais sustentáveis, enquanto países asiáticos e outros mercados emergentes ainda priorizam o custo sobre a sustentabilidade.  

No painel *Mecanismos de Financiamento - Por Onde Começar e Quais os Instrumentos Mais Atrativos*, o debate girou em torno das alternativas financeiras para viabilizar a transição energética. Rafael Feler, Head de DCM e Finanças Estruturadas do BNDES, destacou o papel da instituição na promoção do uso de debêntures de infraestrutura, com foco em atrair capitais privados para o setor. Ele ressaltou que já foram emitidos R$ 100 bilhões em debêntures, sendo esse um mecanismo essencial para destravar gargalos e promover o desenvolvimento.  

Igor Fonseca, Head de Power do Santander, comentou sobre as tendências globais de financiamento, mencionando que, em mercados mais maduros, como Europa e Estados Unidos, a dívida para projetos de energia é de longo prazo. Ele defendeu que o Brasil deve seguir esse caminho, permitindo maior previsibilidade e estabilidade para os investidores do setor energético.  

O último painel, Energia Livre e Limpa - Experiências no Mercado Livre de Energia, trouxe exemplos de empresas que já estão usufruindo dos benefícios desse modelo. João Aramis dos Santos Girio, Diretor Comercial da COMERC, destacou o crescimento do mercado livre de energia no Brasil, com quase 15 mil consumidores migrando para o ambiente de contratação livre (ACL). Segundo Girio, há um potencial de expansão para 115 mil unidades consumidoras, especialmente com a popularização do autoconsumo de energia solar, que já conta com três milhões de telhados no país.  

Anfilofio Rodrigues, Gerente de Eficiência Energética do Hospital Albert Einstein, compartilhou a experiência da instituição com o mercado livre de energia desde 2012, ressaltando os ganhos em previsibilidade e sustentabilidade, além da integração das equipes de energia e de meio ambiente. Já Gabriel Duarte, Gerente de Regulação e Comercialização do Grupo Amaggi, mencionou que, com a autoprodução de energia, a empresa conseguiu reduzir os custos em R$ 3 milhões, expandindo o modelo para outras operações do grupo.  

As discussões no Energy Solutions Show 2024 reforçaram a necessidade de investimentos em tecnologias sustentáveis, como o hidrogênio verde e o biometano, e a importância de um ambiente regulatório e financeiro que apoie essa transição. O Brasil, com sua matriz energética diversificada e um setor agrícola robusto, está em uma posição privilegiada para liderar essa transformação, desde que os desafios econômicos e estruturais sejam superados. 

Redes de varejo e grupos industriais enfrentam o desafio de reduzir custos por meio da eficiência energética e de atingir metas de descarbonização, enquanto o mercado livre de energia amadurece.

 

Grandes redes de varejo e conglomerados da indústria estão intensificando esforços em busca de soluções para automatizar e centralizar a gestão do consumo de energia elétrica. Os objetivos são claros: aumentar a eficiência, reduzir gastos com energia e atingir as metas de descarbonização.

Esse foi um dos temas discutidos no primeiro dia do Energy Solutions Show 2024, realizado no São Paulo Expo. De olho em uma gestão mais eficiente, consumidores do mercado livre de energia estão implementando tecnologias de última geração, com destaque para sistemas de monitoramento e controle em tempo real do consumo energético.

Essas soluções proporcionam uma visão precisa do uso de energia, permitindo identificar desperdícios e falhas, o que impacta diretamente os custos. "Hoje, o mundo busca energia renovável, segura e barata. Este é um evento importante para discutir negócios e oportunidades que podem tornar o Brasil cada vez mais competitivo", afirmou Davi Bomtempo, Superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Especialistas indicam que o próximo passo é integrar essas plataformas com Inteligência Artificial (IA), automatizando ainda mais a gestão energética.

Lucas Attademo, gerente de Projetos do Assaí, compartilhou as soluções adotadas pela companhia. "Energia elétrica é despesa, e no varejo representa o segundo maior custo. É essencial olhar estrategicamente para a energia. A economia é importante, mas a sustentabilidade também, já que temos compromissos de descarbonização com o mercado financeiro. O desafio é automatizar as operações e ter um centro único para gestão remota e padronizada."

A automação também é adotada pelo Grupo Iguatemi, que controla 16 shoppings centers. "Procuramos projetos que tragam soluções de eficiência energética e financeira", disse Clovis Filho, gestor de energia e utilidades do Iguatemi. Pedro Rossi, gerente comercial e de desenvolvimento de negócios da Engie, ressaltou: "Nosso objetivo é tornar os clientes mais competitivos. Por isso, oferecemos um modelo de contrato de eficiência energética garantida." O Energy Solutions Show 2024 (ESS 2024), primeiro evento no Brasil focado nos consumidores de energia, vai reunir até esta quarta-feira (23) indústrias e empresas do grupo A (alta e média tensão), investidores, gestores públicos, especialistas e agentes do setor de energia para discutir boas práticas, criar conexões e apresentar novas soluções. “É interessante ver um evento dedicado ao consumidor, com debates sob diferentes perspectivas. Muitas vezes os painéis são dedicados ao gerador. Foi um evento de nível excepcional, agregando muito valor para quem busca entender como o mercado funciona”, afirmou Estevão Franco Figueiredo, gerente de engenharia e renováveis da ArcellorMittal.

Primeiro evento no Brasil com foco nos consumidores de energia, o Energy Solutions Show 2024 (ESS 2024) vai reunir até esta quarta-feira (23) indústrias e empresas do grupo A (alta e média tensão), investidores, gestores públicos, especialistas e agentes do setor de energia para discutir boas práticas, oportunizar conexões e apresentar novas soluções. “É muito interessante ver um evento dedicado ao consumidor e com debates sob diferentes perspectivas. A gente sempre vê muitas vezes painéis dedicados ao gerador. Foi um evento de nível excepcional, o que agrega muito valor para todo mundo que veio buscar entender como esse mercado funciona”, disse Estevão Franco Figueiredo, gerente de engenharia e renováveis da ArcellorMittal. Expansão do mercado livre: de consumidor a cliente de energia

Rodrigo Ferreira, presidente da Abraceel (Associação Brasileira das Comercializadoras de Energia Elétrica), discutiu os desafios para expandir o mercado livre. "É um mercado de poucos clientes que consome quase 50% da energia do país. Hoje, temos um mercado obsoleto, e o consumidor cativo é refém de políticas equivocadas. O Brasil é referência em sistemas elétricos, é hora de modernizar o mercado. A transição energética também envolve descentralizar e digitalizar. Já somos descarbonizados. O consumidor é parte dessa transição”, afirmou Ferreira.

Josiane Palomino, Diretora de Marketing e Inteligência da Comerc, acredita que o mercado livre está amadurecendo. "O jeito de consumir e a demanda por energia estão mudando, com mais eficiência. Migrar para o mercado livre é o primeiro passo, transformando o consumidor em cliente de energia", concluiu.